
Minas Gerais e de Pernambuco já se preparam para receber a implantação de uma nova usina flutuante de energia solar em cada um de seus respectivos estados.
Em Minas Gerais, as empresas gaúchas Creral, cooperativa de energia com sede em Erechim, e a Mil Engenharia, com sede em Tapejara, já iniciaram a construção do que promete ser a maior usina solar flutuante do país no município de Grão Mogol.
Em Pernambuco, por sua vez, a Ilha de Fernando de Noronha ganhará a sua primeira usina solar flutuante, com investimento estimado de R$ 10 milhões, provenientes do Programa de Eficiência Energética da Neoenergia Pernambuco, regulado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Fernando de Noronha.
A planta será usada para melhorar o abastecimento de água na Ilha e a previsão é que até o final deste ano as obras sejam iniciadas, com expectativa de serem concluídas até julho do próximo ano.
O sistema de geração de energia renovável será instalado no espelho d’água do Açude do Xaréu, uma área de aproximadamente 4.400 m². Com 949 painéis solares a serem instaladas, o sistema terá uma potência de cerca de 630 kWp e uma geração estimada de 1.238 MWh/ano.
A geração por meio de fonte renovável promoverá uma redução de 1.663 toneladas de CO2 emitidos anualmente no arquipélago, reconhecido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como Patrimônio Natural da Humanidade.
Grão Mogol.
Para construção da usina, as empresas responsáveis pelo projeto criaram um consórcio para executar as obras da UFV Veredas Sol e Lares, que terá potência instalada de 1,2 MWp.
A montagem está sendo feita sobre a lâmina d’água do lago da PCH Santa Marta, de propriedade da Cemig, integrando o programa de pesquisa e desenvolvimento da estatal.
Ao todo, a usina conta com 14 inversores, 60 mil metros de cabos, além de 3.050 painéis fotovoltaicos monocristalinos (dual glass e filme fino) apoiados em 7.600 flutuadores numa área de 11 mil m².