Um estudo encomendado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) aponta que o crescimento da geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos deverá trazer mais de R$ 86,2 bilhões em benefícios sistêmicos no setor elétrico e para a sociedade brasileira nos próximos dez anos. O resultado mostra uma redução de 5,6% nas tarifas na próxima década.
Batizado de “Contribuições da geração própria de energia solar na redução da conta de luz de todos os brasileiros”, o estudo foi baseado no cenário oficial de crescimento projetado para a geração distribuída do Plano Decenal de Expansão de Energia 2031 (PDE 2031), de autoria do MME (Ministério de Minas e Energia) e da EPE (Empresa de Pesquisa Energética). O trabalho afirma que a geração distribuída saltará dos atuais 11GW de potência instalada na geração própria de energia solar para aproximadamente 37,2 GW de potência instalada em 2031.
Dentro do cenário do estudo, o acionamento da bandeira vermelha nas tarifas de energia seria reduzido em cerca de 60% até 2031.
Segundo o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, a GD possibilita uma redução nos recursos hídricos. “Isso significa menos termoelétricas operando e menos custos aos consumidores brasileiros”, afirmou. O estudo mostra que, entre 2022 e 2031, a GD conseguirá reduzir o risco hidrológico em 24% (média) e, no caso de secas severas, a redução será de 12%.
Sobre o custo da energia elétrica no País, o crescimento da GD solar poderá representar uma redução de R$ 34 bilhões nos custos repassados aos consumidores, o que proporcionaria uma redução de 2,2% nas tarifas de energia elétrica na próxima década.
Também foram apontadas reduções das perdas elétricas nas linhas de transmissão e redes de distribuição que gerariam uma economia adicional de R$ 8,2 bilhões em dez anos, garantindo aos brasileiros uma queda de 0,5% nas tarifas de eletricidade. “Incentivando a expansão da GD, o valor pode ser reduzido consideravelmente de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões por ano”, garante Silva Filho.
No campo da sustentabilidade, o estudo apontou que a redução de emissão de gases de efeito estufa poderá alcançar a marca de 67 milhões de toneladas de CO2 até 2031, uma redução de 18%.
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